Secretário de Administração é exonerado após ser indiciado pela polícia no caso da compra de máscaras
Publicado por departamento de Jornalismo Cruzeiro FM 92,3 em 13/10/2020
O secretário de Administração da Prefeitura de Sorocaba, José Carlos Cuervo Júnior, esteve na Delegacia Especial de Investigações Criminais (Deic) nesta terça-feira (13) para prestar depoimento dentro da investigação sobre a compra de máscaras pela Secretaria Municipal da Saúde em meio a pandemia de coronavírus e foi indiciado. À tarde, a Prefeitura de Sorocaba divulgou que o secretário foi exonerado do cargo.
Segundo Cuervo hoje houve a apresentação de documentos como processo de aquisição das máscaras, laudos e documento do Ministério Público. “Os processos da Prefeitura de Sorocaba são transparentes e seguem o princípio da legalidade”, garante. Ele ainda afirmou que a denúncia foi feita por um candidato a cargo de vereador e que se declara inimigo público da atual administração.
A Prefeitura de Sorocaba informou, em nota, que o secretário José Carlos Cuervo Júnior foi exonerado hoje à tarde da Secretaria da Administração e da Educação, a qual era interino, e que o Executivo colabora com as investigações.
Veja a nota na íntegra:
“A Prefeitura de Sorocaba informa que se considera vítima no processo de compra de máscaras e que está colaborando com as investigações. A administração municipal também espera ser ressarcida o mais rápido possível pela empresa, que entregou os produtos errados. O Executivo informa ainda que o secretário de Administração, José Carlos Cuervo Júnior, foi exonerado na tarde desta terça-feira (13) para que os fatos possam ser apurados com isenção. Novos nomes para a Secretaria de Administração (Sead) e para a Secretaria de Educação (Sedu), que ele comandava como interino, serão anunciados em breve.”
O caso
Em junho, a Polícia Civil de Sorocaba e o Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) tornaram pública uma investigação sobre a compra de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) pelo Executivo, chamada de Operação Borderline.
Havia a suspeita de que o material entregue, no caso máscara de proteção, tinha qualidade inferior ao pago. As compras foram no valor de R$ 900 mil. As aquisições ocorreram em função da pandemia do novo coronavírus.
Durante a operação, dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos, no almoxarifado municipal e no Paço, no Alto da Boa Vista. Na mesma data em que mandados foram cumpridos, a Secretaria da Saúde produziu nota técnica, baseada em entendimento da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), designando aos servidores que não estão expostos à geração de aerossóis o uso da máscara cirúrgica como EPI, enquanto que os expostos devem usar a de especificação PFF2 para proteção.
O comprado foi o modelo com o código PFF2, e o recebido, FPP1 — equivalentes, segundo o Executivo. Um processo administrativo chegou a ser aberto para apurar o caso.
Com informações do Jornal Cruzeiro do Sul e Secom Sorocaba
Edição – Alessandra Santos