Senado dos EUA absolve Donald Trump em processo de impeachment
Publicado por departamento de Jornalismo Cruzeiro FM 92,3 em 14/02/2021
O Senado dos Estados Unidos absolveu Donald Trump neste sábado (13) em seu segundo julgamento de impeachment em menos de um ano. Colegas republicanos impediram a condenação pelo papel do ex-presidente no ataque de seus apoiadores ao Capitólio dos EUA.
O resultado da votação do Senado foi de 57 votos a favor e 43 contra o impeachment, abaixo da maioria de dois terços necessária para condenar Trump, que foi acusado de incitamento à insurreição durante o episódio da invasão do Capitólio por manifestantes no dia 6 de janeiro.
O julgamento durou cinco dias e foi feito no mesmo prédio saqueado por seus seguidores. Para os democratas, ataque foi estimulado por Trump em um comício.
Na votação, sete dos 50 republicanos do Senado juntaram-se aos democratas unificados da Câmara em favor da condenação.
Trump deixou o cargo em 20 de janeiro, então o impeachment não poderia ser usado para removê-lo do poder. Mas os democratas esperavam obter uma condenação para responsabilizá-lo por um cerco que deixou cinco pessoas mortas, incluindo um policial, e preparar o terreno para uma votação que o impedisse de voltar a ocupar cargos públicos. Dada a chance de ocupar um cargo no futuro, eles argumentaram, Trump não hesitaria em encorajar a violência política novamente.
Os advogados de Trump argumentaram que suas palavras no comício estavam protegidas por seu direito constitucional à liberdade de expressão e disseram que ele não teve direito ao devido processo.
Os republicanos salvaram Trump no voto de 5 de fevereiro de 2020 em seu primeiro julgamento de impeachment, quando apenas um senador de suas fileiras – Mitt Romney – votou para condená-lo e destituí-lo do cargo.
Neste sábado, Romney votou pelo impeachment junto com seus colegas republicanos Richard Burr, Bill Cassidy, Susan Collins, Ben Sasse, Pat Toomey e Lisa Murkowski.
O presidente democrata Joe Biden assumiu o cargo em 20 de janeiro após derrotar Trump na eleição de novembro.
Com informações da Agência Brasil.
Edição – André Fazano