Vacinação pode ser afetada em junho se China não liberar insumos da Coronavac
Publicado por departamento de Jornalismo Cruzeiro FM 92,3 em 10/05/2021
A indefinição para o governo da China liberar a exportação do IFA (Insumo Farmacêutico Ativo), necessário para a produção da Coronavac, pode afetar o cronograma de vacinação contra a Covid-19 a partir de junho, afirmou nesta segunda-feira (10) o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas.
Há a expectativa de que o insumo seja liberado até próxima quinta-feira (13) e, assim, chegaria até o dia 18, mas o envio ainda não foi confirmado.
“Para maio, temos a entrega desta semana, 2 milhões no dia de hoje, mais 1 milhão na quarta-feira e 1 milhão e 100 na sexta. E, a partir daí, não teremos mais vacinas, porque não recebemos o IFA. Então, aguardamos a chegada desse material para que isso possa ser processado. Situação parecida com essa também é enfrentada pela Fiocruz, que a informação que eu tenho é que não teve o seu IFA liberado. Preocupa muito, porque o cronograma de vacinação, não neste momento, mas a partir de junho, poderá sofrer algum impacto.”
Segundo Covas, a liberação aguardada é de 4 mil litros do insumo. O diretor do instituto e o governador de São Paulo João Doria (PSDB) voltaram a atribuir a dificuldade para o IFA ser liberado à postura do presidente Jair Bolsonaro e membros do governo federal, que fizeram declarações ofensivas contra a China.
“O mesmo laboratório, Sinovac, disponibiliza insumos para um país vizinho, o Chile, que não agride a China, que não tem o seu presidente falando mal do governo chinês, do povo chinês e de sua vacina. O fluxo é normal de entrega desses insumos para o Chile. Por que não é para o Brasil? Razões de ordem diplomática e as formas desastrosas de manifestação em relação ao governo da China”, afirmou Doria.
Com informações do Portal R7
Edição – Alessandra Santos