São Paulo bate Palmeiras e encerra jejum de 16 anos ao conquistar o Paulistão 2021
Publicado por departamento de Jornalismo Cruzeiro FM 92,3 em 23/05/2021
O São Paulo quebrou um jejum de 16 anos sem títulos estaduais com uma vitória por 2 a 0 sobre o Palmeiras, na tarde deste domingo (23), no Morumbi. O Tricolor, que havia levantado a taça do Paulistão pela última vez em 2005, conquistou o torneio pela 22ª vez em sua história. Luan e Luciano fizeram os gols que tiraram o grito de campeão da torcida são-paulina.
O técnico argentino Hernán Crespo também faturou o seu primeiro título desde que chegou ao clube, no início deste ano. Também foi a primeira vez que um treinador estrangeiro venceu o Campeonato Paulista desde 1975, quando o argentino José Poy foi campeão pelo mesmo tricolor paulista.
No primeiro jogo da decisão, o empate em 0 a 0 havia deixado a disputa em aberto. O time que ganhasse levaria a taça. Em caso de empate, haveria decisão por pênaltis.
O jogo
No início, a partida foi bastante equilibrada. Os adversários se estudavam bastante e havia muita troca de passes na defesa, além de algumas disputas no meio de campo.
As duas primeiras finalizações em direção ao gol foram do Palmeiras. Primeiro, aos 7 minutos, o atacante rony tentou surpreender o goleiro Tiago Volpi com um chute de longe, mas sem levar grande perigo.
No minuto seguinte, Rony recebeu no bico esquerdo da área após uma saída de bola errada da defesa do São Paulo, e tocou para Danilo Barbosa. Mas o volante chutou fraco e desperdiçou uma ótima chance.
Logo depois, ocorreu a primeira confusão do clássico. Liziero fez uma falta em Rony e foi punido pelo cartão amarelo. O lance aconteceu bem perto do banco do Palmeiras, motivo para bate-boca entre o treinador Abel Ferreira e o jogador — discussão que exaltou os ânimos de ambos os lados.
Nos primeiros 15 minutos, o time alviverde demonstrava superioridade e detinha mais tempo de posse de bola. O São Paulo tentava sair jogando com ligações diretas, sem muita movimentação ou criatividade no ataque.
A partir dos 20 minutos, o time tricolor passou a pressionar mais a saída dos defensores palmeirenses e a ficar mais com a bola nos pés. Porém, a equipe são-paulina não conseguia superar a forte marcação adversária.
Desvio artilheiro
O jogo era extremanente equilibrado, mas o velho e batido conceito do imponderável apareceu. Aos 36 minutos, o volante e capitão palmeirense Felipe Melo tirou um cruzamento na área, mas o rebote caiu nos pés de Luan, que arriscou de longe. A bola desviou em Felipe Melo e tirou totalmente o goleiro Weverton da jogada: 1 a 0 São Paulo.
No segundo tempo, os treinadores decidiram mexer nas equipes. Abel Ferreira sacou os volantes Felipe Melo e Danilo Barbosa para colocar em campo as crias da base Patrick de Paula e Danilo, meio-campistas com características mais ofensivas.
No entanto, o primeiro lance de atauque foi do São Paulo. Aos 6 minutos, o atacante Luciano — que havia entrado no intervalo na vaga de Pablo — conseguiu ganhar uma disputa de bola na entrada da área e chutou com perigo. A bola desviou na zaga e foi pela linha de fundo.
Nos primeiros 15 minutos da etapa final, o São Paulo parecia mais confortável em campo, saindo para os contra-ataques, enquanto o time palmeirense não conseguia furar a forte marcação para chegar ao gol de Tiago Volpi.
Diante das dificuldades, Abel Ferreira decidiu fazer mais duas trocas: Gabriel Menino e Wesley entraram no lugar de Luan e Victor Luis. Pouco depois, Raphael Veiga foi substituído por Gustavo Scarpa.
No São Paulo, Luan, o autor do gol da partida até então, deixou o gramado em razão de uma contusão na perna. Rodrigo Nestor ocupou a vaga. Depois, Crespo tirou de campo o meia Igor Gomes para colocar o atacante equatoriano João Rojas — em uma aparente tentativa de explorar o nervosismo palmeirense em empatar o clássico.
E a tática do técnico argentino deu certo: aos 31 minutos, o São Paulo roubou a bola na intermediária, Rojas escapou e o cruzamento foi feito para que Luciano empurrasse para o gol. A vantagem são-paulina se tornava muito grande.
Depois do gol, o desespero tomou conta do time alviverde. Mas foi o São Paulo quem teve chance mais clara de fazer o terceiro do que o adversário de diminuir a vantagem.
A equipe tricolor conseguiu administrar bem a vantagem e comemorou muito após o apito final de Raphael Claus.
Com informações do Portal R7
Edição – Alessandra Santos