Defesa de Tandara diz que substância entrou acidentalmente no corpo da atleta
Publicado por departamento de Jornalismo Cruzeiro FM 92,3 em 06/08/2021
A defesa da atleta Tandara Caixeta postou uma nota nas redes sociais, nesta sexta-feira (6), afirmando que a substância anabolizante entrou no corpo da oposta da seleção de vôlei “acidentalmente”. A atleta foi cortada dos Jogos Olímpicos e precisou retornar ao Brasil.
“Confiamos plenamente que comprovaremos que a substância ostarina entrou acidentalmente no organismo da atleta e que não foi utilizada para fins de performance esportiva”, diz o comunicado.
Além disso, a defesa argumentou que não é a primeira vez que incidentes com a substância prejudicam atletas brasileiros, ao ponto de a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) proibir a comercialização de ostarina em território nacional.
“Até o momento, sequer foi analisada a contraprova da urina da atleta (amostra B), portanto, salvo melhor juízo, não se afigura razoável qualquer pré-julgamento de uma atleta íntegra, sem quaisquer antecedentes e que há anos contribui para as conquistas do voleibol brasileiro”, disse a defesa.
O processo envolvendo a atleta está em segredo de justiça e por isso, segundo a defesa, Tandara não se posicionará publicamente.
O caso
A notícia do exame antidoping positivo da oposto Tandara, da seleção de vôlei, um dia antes da semifinal olímpica, agitou a deleção brasileira que está em Tóquio, disputando os Jogos Olímpicos. De acordo com a ABCD (Agência Brasileira de Controle de Dopagem), a substância encontrada no exame da atleta, feito no dia 7 de julho, em Saquarema, no Rio de Janeiro, foi a ostarina, um modulador hormonal.
De acordo com Bernardino Santi, médico do esporte e especialista em controle de dopagem, a substância é usada em tratamentos de algumas doenças, mas pode causar o aumento de massa muscular. “É um receptor de androgênio [hormônio], e é utilizado para tratamento de controle do ciclo menstrual, mas pode causar aumento de massa muscular. A Osterina também é usada no tratamento de câncer e osteoporose”, afirma Santi, que já foi médico do COB (Comitê Olímpico Brasileiro) e presidente do Comitê de Conformidade da instituição.
Com informações do Portal R7
Foto: Wander Roberto/ COB