Bolsonaro admite que voto impresso deve ser rejeitado na Câmara

Publicado por departamento de Jornalismo Cruzeiro FM 92,3 em 09/08/2021

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira (9) que o voto impresso será derrotado na Câmara.

Ele foi questionado por um repórter da rádio Brado, de Salvador (BA), sobre a chance de a proposta passar no Congresso e descartou qualquer chance de aprovação.

Antes de Bolsonaro responder, o ministro da Cidadania João Roma comentou que Arthur Lira (presidente da Câmara) levaria a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) para ser votada no plenário. O presidente confirmou a informação.

“Vai, mas tivemos uma negociação antes, um acordo, e vai ser derrotada a proposta”, afirmou o chefe do executivo federal.

Na quinta-feira (5), a PEC foi derrubada pelos deputados da comissão especial. Na sexta-feira (6), no entanto, Arthur Lira anunciou que daria mais uma chance ao projeto, enviando-o ao plenário da Câmara.

Bolsonaro culpa o presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, de “apavorar” os líderes de partidos para derrubar a proposta de acoplar impressoras nas urnas eletrônicas.

“Tem parlamentar que deve alguma coisa na Justiça, deve no Supremo. Então, o Barroso apavorou. Ele foi para dentro do Parlamento praticamente exigindo que o Congresso não aprovasse o voto impresso.”

O presidente citou que em três outros momentos da história o voto impresso foi aprovado pelos parlamentares.

Na entrevista à radio, Bolsonaro fez denúncias sobre supostas fraudes nas eleições de 2018, sempre dizendo em seguida que não poderia prová-las ou que eram apenas suposições.

De acordo com o chefe do Executivo, o hacker que invadiu os computadores do TSE em 2018 teria sido contratado por “pessoas com dinheiro”.

“Inclusive, esse hacker trabalhou à vontade tanto no primeiro quanto no segundo turno”, disse, acrescentando não ter como provar a denúncia.

“Quando as eleições [de 2018] acabaram, o grupo que o contratou não pagou. E aí o hacker resolveu denunciar”, comentou. Segundo ele, a investigação da PF (Polícia Federal) não teve acesso a dados da eleição porque “O TSE apagou os rastros, apagou as digitais da cena do crime”.

Com informações do Portal R7

Foto: Arquivo/Agência Brasil


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