Bolsonaro afirma que 11 ministros deixarão governo para disputar eleições
Publicado por departamento de Jornalismo Cruzeiro FM 92,3 em 03/02/2022
O presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta quinta-feira (3), que 11 dos 23 atuais ministros de Estado disputarão as eleições de outubro, e que dia 31 de março será o “grande dia, um pacotão.”
“Nós temos previstos, no momento, 11 ministros que vão disputar eleição. Obviamente que vamos ter ministérios-tampão”, afirmou Bolsonaro.
Questionado se algum político de Rondônia poderia assumir uma pasta, o presidente informou que tem “profundo apreço” pelo senador Marcos Rogério (PL-RO), que ganhou visibilidade com a CPI da Covid.
“A gente pode conversar, mas não está nada definido. Até para evitar ciumeira. Dia 31 de março, o grande dia, é um pacotão: 11 saem e 11 entram. Da minha parte, vocês só vão saber via Diário Oficial da União”, complementou.
O chefe do Executivo está em Porto Velho, capital de Rondônia, nesta quinta-feira (3), para um encontro com o presidente do Peru, Pedro Castillo. A reunião ocorre no Palácio Rio Madeira, sede do governo comandado por Marcos Rocha (PSL).
A maioria dos ministros são senadores e deputados licenciados, e o objetivo é conquistar cargos principalmente no Senado, onde Bolsonaro sofre maior resistência aos projetos políticos.
As pastas devem ser assumidas por servidores internos e também por parlamentares do Centrão, grupo de partidos que dá sustentação ao presidente no Congresso Nacional.
Castillo
Em junho do ano passado, quando se aproximava a provável eleição de Castillo, Bolsonaro disse que “perdemos o Peru”. Durante o encontro, porém, o mandatário brasileiro afirmou que está “tudo superado.”
Bolsonaro argumentou que quer uma América do Sul livre, com as liberdades de expressão e de imprensa. “Logicamente que esse encontro tem a ver com isso, nós podemos ter uma boa relação se a democracia se imperar, de fato, no seu país”, destacou.
O chefe do Executivo brasileiro destacou que tem bom relacionamento com Paraguai e Uruguai, mas voltou a criticar a Venezuela. “Hoje em dia, chegamos a bater 800 pessoas por dia saindo de lá, pessoas pobres que vêm atrás de comida aqui muitas vezes. E é o país com maior reserva de petróleo do mundo. Como é que pode o povo estar nessa situação?”, questionou.
Com informações do Portal R7
Foto: Alan Santos/ Presidência da República