Polícia investiga se criança de 1 ano em tratamento contra o câncer foi vítima de anestesista 

Publicado por departamento de Jornalismo Cruzeiro FM 92,3 em 19/01/2023

A polícia investiga se uma menina, de 1 ano, em tratamento contra o câncer, em um hospital particular no Rio de Janeiro, foi vítima de abuso por parte do médico anestesista Andres Eduardo Onate Carillo, preso pelo estupro de duas pacientes sedadas, na última segunda-feira (16). 

Na terça (17), o pai da criança procurou a polícia por ter desconfiado de atitudes de Andres Eduardo durante um procedimento. A decisão de ir à delegacia foi tomada após tentar providências do hospital.

Em depoimento, o responsável pela menina contou que o anestesista teria dito que o acompanhante deveria sair da sala no momento em que a criança fosse anestesiada, e, depois, poderia entrar para acompanhar o exame.

Segundo o pai, a menina levou de 20 a 30 minutos para ser anestesiada e intubada. Ele relatou, ainda, que a esposa deixou a filha aos cuidados de Andres e uma enfermeira, que entrava e saía da sala a todo momento para pegar materiais. 

Nesta quarta-feira (18), a polícia ouviu mais profissionais que trabalharam com o médico anestesista Andres Eduardo Onate Carillo. Entre eles estava o chefe dos anestesistas do Hospital do Fundão.

Jorge Calasans negou que o colombiano tenha feito procedimentos sem supervisão, inclusive no dia em que ele teria cometido um dos crimes. Calasans também afirmou que Andres nunca apresentou um comportamento que chamasse a atenção da equipe.

Já a médica que foi responsável por supervisionar o trabalho do anestesista durante a cirurgia em que uma mulher foi abusada sexualmente, em fevereiro de 2021, também prestou depoimento, mas saiu da delegacia sem falar com a imprensa.

A Justiça do Rio manteve a prisão temporária do médico anestesista durante a audiência de custódia, na última terça (17). O médico colombiano, que está há seis anos no Brasil, é suspeito de estuprar duas pacientes e filmar os crimes, além de armazenar e produzir pornografia infantil.

Na delegacia, Andres admitiu os abusos contra as pacientes e confirmou ter compulsão por assistir aos conteúdos de pornografia infantil. A defesa dele ainda não se manifestou. 

As informações são do Portal R7.

 


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