Greve paralisa linhas do Metrô de São Paulo nesta quinta; rodízio de veículos é suspenso
Publicado por departamento de Jornalismo Cruzeiro FM 92,3 em 23/03/2023
Os metroviários entraram em greve nesta quinta-feira (23), a partir da meia-noite, após votação realizada na sede do sindicato da categoria na noite de quarta-feira. Com isso, já há a paralisação das linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata. A Prefeitura de São Paulo já confirmou a suspensão do rodízio de veículos. A Operação PAESE (de ônibus gratuitos) não está em funcionamento.
As linhas 4-Amarela e 5-Lilás, administradas respectivamente pela ViaQuatro e ViaMobilidade, estão funcionando normalmente. As cinco linhas de trens da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) também operam de forma regular.
Por conta do horário da confirmação da greve, muitos usuários foram pegos de surpresa ao chegar às estações. Em nota veiculada pelo sindicato nesta madrugada, a categoria propõe ao Governo do Estado o acesso gratuito às estações alegando tentar evitar o transtorno aos milhões de usuários do transporte público paulistano.
Na tarde de ontem, representantes do sindicato e do Metrô participaram de uma audiência de conciliação no TRT-2 (Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região), que terminou sem acordo. Os trabalhadores criticam a falta de propostas para o pagamento de abono e reivindicam novas contratações por meio de concurso público.
O tribunal também negou uma liminar a pedido do Metrô para fixar um quantitativo mínimo de funcionamento dos trens caso ocorra a greve. “Na decisão, foi acatada a liberação das catracas, método proposto pelo sindicato dos trabalhadores para afastar a possibilidade de danos à população”, informou o órgão.
O Metrô, por meio de nota, alegou que “não há justificativa para que o Sindicato dos Metroviários declare greve reivindicando o que já vem sendo cumprido pela empresa, sendo que tal atitude só prejudica a população que depende do transporte público”.
A empresa ainda disse que “acionará seu plano de contingência para garantir o funcionamento mínimo do sistema e conta com o bom senso da categoria para não prejudicar o transporte de milhões de pessoas”.