CPMI do 8 de janeiro aguarda últimas indicações, mas tem maioria governista
Publicado por departamento de Jornalismo Cruzeiro FM 92,3 em 21/05/2023
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro terá divisão parelha entre governistas e oposicionistas, com leve predominância dos aliados do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no colegiado.
A composição garantirá ao Palácio do Planalto um ambiente mais favorável, apesar de o governo ter relutado em apoiar a instalação da CPMI para investigar os atos criminosos contra as sedes dos Três Poderes.
Após quase um mês do início do processo de abertura da comissão, a CPMI será instalada na próxima quinta-feira (25). A tendência é que, dada a maioria nas cadeiras do colegiado, o governo consiga emplacar aliados nos principais postos da Casa.
Já no Senado, serão oito titulares governistas, um independente e cinco oposicionistas. O MDB, cuja bancada é aliada ao Palácio do Planalto, ainda não fez suas indicações, o que significa que a composição final deve ser ainda mais favorável ao governo do que a atual.
O nome mais cotado para presidir a comissão é o do deputado Arthur Maia (União Brasil-BA), aliado do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e com posicionamento crítico em relação ao governo Lula.
Ainda não há um nome fechado para a relatoria da CPMI —o do líder do MDB no Senado, Eduardo Braga (AM), é um dos mais citados.
No Congresso Nacional, a CPMI do 8 de janeiro terá de dividir os holofotes com a pauta econômica –o governo tenta aprovar nesta semana o novo regime fiscal e está de olho no andamento da reforma tributária nas próximas semanas– e também com outras CPIs criadas pela Câmara dos Deputados.
Na Câmara, serão quatro CPIs para investigar os assuntos mais diversos: uma contra o MST (que tem o potencial de maior desgaste para o governo), uma sobre a suposta fraude contábil nas Americanas, uma sobre o escândalo de manipulação em apostas esportivas e uma última sobre criptomoedas.