Médica e funcionário são agredidos na UPH Zona Oeste em Sorocaba

Publicado por departamento de Jornalismo Cruzeiro FM 92,3 em 06/09/2023

Um acompanhante de uma paciente é acusado de agredir uma médica e um funcionário da UPH Oeste, dentro da unidade que fica na avenida General Carneiro, em Sorocaba. As agressões ocorreram na tarde de segunda-feira (4), e as imagens foram gravadas por uma câmera de segurança. Um boletim de ocorrência foi registrado no plantão policial da cidade e a médica, identificada como Fernanda, divulgou fotos dos ferimentos e pediu justiça.

A Prefeitura de Sorocaba disse que, de acordo com o registro da câmera da unidade, às 12h29, o homem entrou na unidade exigindo prioridade para a sua esposa, que estaria “passando mal”. Como a resposta foi para que aguardasse o término de uma consulta, ele agrediu o controlador de acesso da UPH e seguiu até um dos consultórios. Na sala, ele desferiu um soco no rosto e um chute na perna da profissional, deixando-a com ferimentos.

Ainda segundo a prefeitura, a paciente foi atendida por outra profissional às 12h44, o que totalizou um tempo de espera de 15 minutos. A Guarda Civil Municipal (GCM) foi acionada e chegou imediatamente ao local. Na sequência, tanto Fernanda (a médica) como o munícipe que teria praticado os atos de violência foram para a Delegacia de Plantão da Zona Norte. O caso foi registrado como lesão corporal e injúria e encaminhado ao 3° DP. Foram solicitados exames de corpo de delito junto ao Instituto Médico Legal (IML).

Em suas redes sociais, Fernanda deu a sua versão do ocorrido e postou fotos dos ferimentos que teriam sido provocados pelo suspeito. “Como vocês podem ver pelas fotos, ele não poupou força para me machucar”, destacou. A médica também comentou sobre o sentimento que ficou do incidente: “Na delegacia, ainda fui obrigada a prestar depoimento vendo meu agressor no mesmo lugar. Além do constrangimento, o sentimento de impunidade tomou conta de mim. Vi o homem sair pela porta da delegacia e voltar para a sua vida como se nada tivesse acontecido”.

Em seguida, Fernanda falou da preocupação sobre o futuro. “Quem pode garantir a minha segurança agora? Quem pode garantir que a minha vida voltará à normalidade?” Por fim, contou que passou a noite de segunda-feira (4) para ontem (5) em claro. “Me perguntei se existe justiça para a mulheres neste país. Quero justiça por mim e pelos meus colegas de profissão.”

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