Taxa de jovens “nem-nem” no Estado de São Paulo é de 6%

Publicado por departamento de Jornalismo Cruzeiro FM 92,3 em 30/08/2024

A Fundação Seade divulgou dados sobre as situações de jovens no Estado de São Paulo, com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, do IBGE, no biênio 2022-2023. Foram analisadas nove situações: (1) jovens que apenas estudavam (2) apenas trabalhavam; (3) apenas estavam desocupados/desempregados (4) apenas estavam subocupados; (5) apenas cuidavam dos afazeres domésticos; (6) estudavam e trabalhavam; (7) estudavam e estavam desocupados; (8) estudavam e estavam subocupados; e (9) não realizavam nenhuma dessas atividades. Para efeitos de análise, são considerados jovens as pessoas com 16 a 29 anos. 

A juventude é uma fase de definições e dificuldades, que levam a experimentações e a uma trajetória com maior número de entradas e saídas em diferentes ocupações, com intermitência entre a ocupação e a inatividade, e esses aspectos devem ser levados em consideração na análise dos dados. De acordo com o estudo, entre aqueles com 16 a 18 anos, 6,0% não se dedicavam aos estudos ou ao trabalho (incluindo a procura por trabalho), os chamados “nem-nem”. 

Essa proporção pode estar relacionada a um período de definição e escolhas em relação aos estudos e/ou trabalho, à ausência de oportunidade – seja por falta de vagas de trabalho ou pelas exigências vinculadas a elas e que dificultam ainda mais para aqueles que têm pouca ou nenhuma experiência –, ou ao desalento em relação às possibilidades futuras. 

Essas razões se tornam menos frequentes apenas no último estrato, uma vez que para os jovens de 19 a 24 anos a proporção dos que não realizavam nenhuma atividade era de 7,4% e, para os de 25 a 29 anos, correspondia a 4,4%. Seguindo uma lógica parecida, a proporção dos desocupados entre os jovens de 16 a 18 anos (11,8%) – considerando-se a soma entre os que estudavam e estavam desocupados (8,8%) e os que só estavam desocupados (2,9%) – era menor do que a das pessoas de 19 a 24 anos (12,2%) e maior do que a daquelas de 25 a 29 anos (7,1%). 

A parcela dos que estavam subocupados, conciliando ou não com os estudos, é menos diferenciada entre os grupos etários (3,5%, 3,0% e 2,9%, respectivamente). Já a daqueles que apenas cuidavam dos afazeres domésticos é crescente entre os grupos (0,5%, 2,3% e 4,3%), atividade que continua relacionada ao papel quase que exclusivamente feminino. Quanto aos que estudavam, eram 79,4% dos jovens com 16 a 18 anos, 33,8% com 19 a 24 anos e 16,4% com 25 a 29 anos. 

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