População deve diminuir mais de 15% em três estados até 2070

Publicado por departamento de Jornalismo Cruzeiro FM 92,3 em 24/09/2024

O Rio Grande do Sul deve chegar ao ano de 2070 com uma população 18,9% menor do que a estimada em 2024, o maior recuo do país. Outros dois estados tendem a perder mais de 15% do número de habitantes na mesma base de comparação: Alagoas (-17%) e Rio de Janeiro (-15,8%).

É o que indicam as projeções populacionais divulgadas em agosto pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O horizonte das estimativas vai até 2070 e sinaliza fortes mudanças no perfil demográfico do Brasil, incluindo redução da fecundidade e maior envelhecimento.

A população do país, diz o IBGE, deve passar de 212,6 milhões em 2024 para 199,2 milhões em 2070, o que significa uma redução de 6,3%.

Em termos absolutos, a queda prevista é de 13,4 milhões de pessoas. Esse contingente é maior do que a população projetada para a cidade de São Paulo neste ano (11,9 milhões).

São Paulo está entre as 20 unidades da Federação que devem encolher. O estado tende a passar de quase 46 milhões de habitantes em 2024 para 40,7 milhões em 2070, uma redução de 11,5%. A estimativa do IBGE indica 5,3 milhões de pessoas a menos.

Por outro lado, sete estados devem chegar a 2070 com população maior do que em 2024. Roraima tende a apresentar o maior crescimento relativo: 49,9%. Mato Grosso (37,3%) e Santa Catarina (29,6%) vêm na sequência.

Impactos da mudança demográfica

O envelhecimento e a redução da população trazem uma série de consequências para o país.

Por um lado, a dinâmica demográfica tende a pressionar as despesas com Previdência. Também deve desafiar o crescimento da economia ao possivelmente diminuir a força de trabalho.

Uma das saídas, dizem analistas, passaria pelo aumento da produtividade da mão de obra. Esse é um gargalo histórico no Brasil.

Por outro lado, mais tempo de vida sinaliza uma evolução nos tratamentos de saúde e bem-estar, o que é comemorado.

Além disso, ter menos filhos é visto por analistas como possível estímulo para a entrada de mais mulheres no mercado de trabalho. A população feminina historicamente lida com sobrecarga de tarefas domésticas.

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