Rússia realiza maior ataque com drones contra a Ucrânia na véspera do 3º aniversário da guerra
Publicado por departamento de Jornalismo Cruzeiro FM 92,3 em 23/02/2025
A Rússia lançou o seu maior ataque com drones contra a Ucrânia na noite de sábado (22), conforme informações das autoridades ucranianas. De acordo com Yuriy Ignat, porta-voz do Comando da Força Aérea da Ucrânia, um “recorde” de 267 drones russos foram lançados em um único ataque coordenado.
Destes, 138 foram interceptados pela defesa aérea, enquanto 119 desapareceram dos radares após serem bloqueados e não causaram danos. O ataque resultou em danos em cinco regiões ucranianas: Dnipro, Odessa, Poltava, Kiev e Zaporizhzhia. Inicialmente, os serviços de emergência relataram pelo menos três mortos – duas vítimas em Kherson e uma em Kryvyi Rih.
O ataque massivo ocorre às vésperas do terceiro aniversário da guerra, que será marcado na segunda-feira (24). Em resposta, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, pediu apoio internacional para enfrentar a ofensiva russa.
“Precisamos da força de toda a Europa, dos EUA e de todos que buscam uma paz duradoura”, declarou Zelenskiy neste domingo (23). “Todos os dias, nosso povo enfrenta o terror aéreo. Na véspera do terceiro aniversário da guerra em grande escala, a Rússia lançou 267 drones de ataque contra a Ucrânia – o maior ataque desde que os drones iranianos começaram a atacar cidades e vilarejos ucranianos”, escreveu o presidente.
Ainda segundo Zelenskiy, na última semana, a Ucrânia sofreu 1.150 ataques de drones, 1.400 bombas aéreas guiadas e 35 mísseis.
Em meio à escalada de ataques, o Ministério da Defesa da Rússia anunciou que destruiu 20 drones ucranianos lançados em direção ao território russo no sábado (22).
Os recentes ataques ocorreram em um momento de turbulência política, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar negociações de paz com a Rússia sem a participação da Europa ou da própria Ucrânia. A decisão gerou desavenças com líderes europeus e com Zelenskiy, que chegou a ser chamado de “ditador” por Trump no início da semana. (Com informações do portal G1)
