Mulheres ocupam cargos de liderança em multinacional de máquinas pesadas em Sorocaba

Em um setor historicamente dominado por homens, a presença feminina tem se expandido lentamente, mas de forma constante, nos últimos anos. O mercado de máquinas pesadas e equipamentos, tradicionalmente masculino, ainda conta com uma representatividade feminina reduzida, representando cerca de 10% a 15% da força de trabalho, de acordo com pesquisa da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). No entanto, as mulheres têm conquistado posições de liderança e mostram que estão preparadas para enfrentar os desafios desse segmento, cada vez mais.

A Link-Belt, multinacional especializada em escavadeiras, com unidade em Sorocaba, é um exemplo de como a diversidade e a inclusão vêm sendo promovidas em setores tradicionalmente dominados por homens. Na empresa, duas mulheres estão à frente de importantes cargos de liderança e se destacam pela trajetória e dedicação no mercado de máquinas pesadas.

Conquista por mérito e dedicação

Com 10 anos de experiência na Link-Belt, Fernanda Prado ocupa o cargo de gerente regional Brasil da empresa. Sua jornada profissional começou em vendas internas e passou por áreas como Supply Chain, até chegar à gerência. Mesmo sem experiência prévia com equipamentos pesados, Fernanda se apaixonou pelas escavadeiras e, com muito estudo e dedicação, conquistou um vasto conhecimento sobre as máquinas e o mercado.

Fernanda destaca que, apesar do setor ser predominantemente masculino, sempre foi respeitada por seus colegas. Para ela, sua postura, confiança e competência foram fundamentais para essa aceitação. “Acredito que algumas características femininas, como a capacidade de ser multitarefas e a resiliência, são fundamentais para o nosso sucesso. Somos competentes, dedicadas e esforçadas, e os resultados falam por si. Estamos onde devemos estar!”, afirma Fernanda. Ela ainda ressalta que o espaço das mulheres em cargos de liderança não é uma competição com os homens, mas sim uma conquista que vem pelo esforço e dedicação, destacando que “somos iguais e estamos aqui por nosso esforço e competência”.

Diversidade como motor de crescimento

Outro exemplo de liderança feminina na Link-Belt é Maysa Ribas, gerente regional para América Latina, que tem uma trajetória sólida de 13 anos no setor de comércio exterior e quase dois anos na empresa. Maysa sempre se interessou pelo mercado de máquinas pesadas, pela sua diversidade de aplicações e pela sua importância em diversos setores da economia. Quando soube da vaga na Link-Belt, se candidatou e, hoje, é uma das mulheres ocupando uma posição de liderança no setor.

Para Maysa, o futuro é promissor e repleto de oportunidades para as mulheres. Ela acredita que as empresas estão cada vez mais conscientes da importância da diversidade e estão criando ambientes mais inclusivos e colaborativos. “As empresas estão, felizmente, percebendo a importância da diversidade e oferecendo mais oportunidades para nós, criando ambientes mais inclusivos e colaborativos. Tenho confiança de que, com o tempo, essa tendência só tende a crescer, proporcionando um mercado de trabalho mais justo e igualitário”, afirma Maysa.

Setor de máquinas pesadas

O mercado de máquinas pesadas, embora ainda enfrente desafios em relação à presença feminina, tem evoluído ao longo dos anos. Empresas como a Link-Belt e outras multinacionais do setor têm promovido iniciativas que incentivam a inclusão e a conscientização sobre a importância da diversidade. A mudança cultural dentro das empresas, o apoio a programas de treinamento e capacitação e a quebra de estereótipos têm sido passos essenciais para garantir um espaço cada vez maior para as mulheres.

A presença crescente de mulheres em posições de liderança no setor de máquinas pesadas é um reflexo das mudanças que estão ocorrendo nas empresas. Além de promoverem uma cultura mais inclusiva, essas empresas contribuem para um mercado de trabalho mais justo e igualitário, onde as mulheres podem ocupar seu espaço por mérito e competência, sem barreiras de gênero.

Enquanto isso, mulheres como Fernanda Prado e Maysa Ribas seguem desafiando as normas, quebrando barreiras e mostrando que a presença feminina na liderança e no mercado de máquinas pesadas está cada vez mais forte e crescente.