Johnson anuncia testes da vacina contra a Covid-19 no Brasil

Publicado por departamento de Jornalismo Cruzeiro FM 92,3 em 23/09/2020

A Johnson & Johnson anunciou nesta quarta-feira (23) o lançamento global da terceira fase de testes da sua candidata à vacina contra a Covid-19. Essa fase contará com 60 mil voluntários divididos em oito países, incluindo o Brasil.

No Brasil, 7 mil pessoas passarão pelo teste em São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Paraná, Minas Gerais, Bahia e Rio Grande do Norte.

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou no dia 18 de agosto a realização do estudo clínico da Ad26.COV2.S no Brasil, como é chamada a vacina. Segundo a agência, essa vacina é composta de um vetor recombinante, não replicante, de adenovírus, que é capaz de codificar a proteína Spike do Sars-CoV-2. Diferentemente dos demais imunizantes contra a doença, é necessária apenas uma dose.

A vacina está sendo desenvolvida pela divisão farmacêutica da Johnson & Johnson, a Janssen, e demonstrou segurança e imunogenicidade necessária na primeira e segunda fase do estudo, segundo a empresa.

A farmacêutica pretende produzir um bilhão de doses por ano e afirma que está aumentando sua capacidade de fabricação para atingir essa meta.

“A empresa está empenhada em trazer uma vacina acessível ao público sem fins lucrativos para uso de pandemia de emergência e antecipa que os primeiros lotes de uma vacina covid-19 estarão disponíveis para autorização de uso de emergência no início de 2021, se comprovado ser seguro e eficaz”, afirmou por meio de nota.

Os voluntários precisam ter mais de 18 anos e incluirá uma representação significativa de pessoas com mais de 60 anos com ou sem comorbidades. O estudo será do tipo duplo-cego, em que metade dos participantes recebem placebo.

Além do Brasil, participarão do estudo a Argentina, o Chile, a Colômbia, o México, o Peru, a África do Sul e os Estados Unidos.

A empresa diz querer alcançar populações que foram desproporcionalmente impactadas pela pandemia. “Nos Estados Unidos isso inclui uma representação significativa de participantes negros, hispânicos e latinos, índios americanos e nativos do Alasca.”

Uma vantagem da vacina da Johnson é o fato de ela não precisar de congelamento, apenas refrigeração, informou o New York Times, diferentemente de outras candidatas como a da Moderna e da Pfizer. Precisar de congelamento pode dificultar a distribuição e armazenamento em alguns locais que não têm as instalações necessárias, gerando uma dificuldade logística.

Com informações do Portal R7

Edição – Alessandra Santos


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