Cabul: Voos são retomados após invasão de aeroporto e mortes

Publicado por departamento de Jornalismo Cruzeiro FM 92,3 em 16/08/2021

A tomada de Cabul, capital do Afeganistão, pelo grupo extremista Taleban ampliou o cenário de tensão no país. Com o tumulto, os voos do aeroporto da região ficaram suspensos por algumas horas, mas logo foram retomados. Na tentativa de fugir do país, civis tentaram embarcar na parte externa de um avião militar, mas caíram após a decolagem. Ao menos sete pessoas morreram.

A aeronave partia de Cabul com funcionários da embaixada dos Estados Unidos. Informações divulgadas pelo Pentágono apontam que soltados norte-americanos mataram dois homens que estavam armados no aeroporto.

Ainda não há um balanço oficial de vítimas. Porém, oficiais militares dos Estados Unidos relataram à agência AP que ao menos sete pessoas morreram no local.

O grupo de militares não soube especificar se as mortes foram causadas por tiros ou pisoteadas durante o tumulto. Já o jornal norte-americano The Wall Street Journal fala em três mortos por armas de fogo. Vídeos divulgados nas redes sociais mostram milhares de pessoas aguardando na pista do aeroporto.

A maioria dos locais que tentava sair do país eram jovens e, em um ato de desespero diante do avanço dos conflitos no país, se agarravam a escadas para tentar embarcar em um avião.

ONU se reúne para discutir situação do Afeganistão

O Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) se reuniu hoje para tratar da situação do Afeganistão.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu moderação aos talebans, mas havia adiantado, horas antes, que a situação no país estava “saindo do controle”.

“A comunidade internacional deve se unir para garantir que o Afeganistão nunca mais seja usado como plataforma ou refúgio de organizações terroristas”, disse Guterres durante uma reunião de emergência do Conselho de Segurança sobre a crise afegã.

Guterres também chamou atenção principalmente para o fato de civis estarem no alvo dos extremistas e pelo retrocesso nos direitos das mulheres e das crianças que moram no país.


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