Bolsonaro presta depoimento e nega interferência política na PF

Publicado por departamento de Jornalismo Cruzeiro FM 92,3 em 04/11/2021

O presidente Jair Bolsonaro prestou depoimento à Polícia Federal, em Brasília, na noite desta quarta-feira (3). O chefe do Executivo foi ouvido por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo tribunal Federal), no âmbito do inquérito que investiga se ele interferiu na corporação.

O presidente respondeu todas as perguntas feitas pela PF. Ele disse que indicou pessoalmente, ao ex-ministro da Justiça Sérgio Moro, o nome de Alexandre Ramagem para diretor-geral da corporação.

No depoimento, Bolsonaro negou qualquer ingerência na PF, mas confirmou que em meados de 2019 solicitou ao ex-ministro Sérgio Moro a troca do diretor Geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, “em razão da falta de interlocução que havia entre o Presidente da República e o Diretor da Polícia Federal”.

Segundo ele, não havia qualquer insatisfação ou falta de confiança com o trabalho realizado por Valeixo.

Na denúncia sobre o caso, Moro citou uma reunião ocorrida no Palácio do Planalto, em 22 de abril do ano passado. Na ocasião, o que teria chamado a atenção de Moro teria sido a afirmação “vou interferir”, dita pelo presidente. No depoimento, Bolsonaro alegou que em nenhum momento citou interferência nos trabalhos de investigação.

Sobre a frase, o chefe do Executivo disse que estava tratando da sua segurança pessoal e de sua família. O teor da oitiva está com o ministro Alexandre de Moraes. A partir de agora, Moraes pode tomar as decisões finais sobre o caso. O depoimento do presidente era a última diligência prevista.

Questionado sobre declarações sobre possível interferência na PF do Rio de Janeiro, Bolsonaro disse que tinha preocupações com a integridade de sua família, especialmente com o filho Carlos Bolsonaro, que é vereador no estado.

O chefe do Executivo afirmou ainda que sugeriu a Moro a troca de superintendente no Rio, pois avaliava que, “talvez”, o delegado Ricardo Saad não teria autonomia suficiente para tomar decisões necessárias. Bolsonaro disse que considera o Rio um estado complicado, que necessitava de maior atenção.

Com informações do Portal R7


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