Reclamações no Procon têm aumento de 349%
Publicado por departamento de Jornalismo Cruzeiro FM 92,3 em 07/01/2023
Os setores de internet, TV por assinatura, agências de viagem, telefonia e crédito consignado lideraram o ranking das reclamações feitas ao Procon Sorocaba em 2022. Ao todo, o órgão registrou 20.400 reclamações, uma diferença de 15.859 contestações em relação a 2021, que registrou 4.541 registros. O aumento registrado é superior a 349%. A disparidade nos números é atribuída ao fim da pandemia de Covid-19, que teria alimentado as atividades econômicas.
As denúncias motivadas por períodos de compras mais aquecidas, como Black Friday e Natal, mobilizaram ainda mais as operações de fiscalização realizadas pelo Procon Sorocaba. De acordo com a instituição, as principais denúncias foram em relação ao abuso de preços em dívidas e débitos bancários, postos de combustíveis, pet shops e também em relação aos preços dos testes para Covid-19.
A relação entre consumidor e empresa é amparada pelos serviços prestados pelo instituto, que sempre busca manter o equilíbrio entre as partes. Para isso, o Procon Sorocaba oferece o amparo necessário, como a intermediação das reclamações feitas por clientes em relação aos serviços prestados por empresas e a validação dos direitos do consumidor, ou seja, busca minimizar os problemas que podem surgir entre as partes.
O Procon de Sorocaba conta com 43 funcionários, que além de oferecer atendimento às reclamações feitas pelos consumidores, realiza fiscalizações. A superintendente do Procon Sorocaba, Cristiane Bonito Rodrigues, explicou que a entidade realiza mutirões de negociação de dívidas e orientação aos consumidores. Também são oferecidos cursos de orientação para os fornecedores, mas devido à pandemia de Covid-19, as atividades foram temporariamente suspensas. “Nós tínhamos cursos, mas desativamos a escola por causa da pandemia e ainda não retomamos com essas palestras de orientação financeira, tanto para consumidores quanto para fornecedores, mas temos esse serviço no site. A ideia para esse ano é reativar”, adiantou.
De acordo com Cristiane, pesquisar o histórico das condutas adotadas pelas empresas das quais se pretende adquirir produtos ou contratar serviços também pode evitar futuros problemas. Outra dica é verificar a política de trocas antes de comprar. Ainda assim, é possível que o cliente enfrente problemas depois da compra ou contratação. Neste caso, é aconselhável que consumidor entre em contato com a empresa reclamada, expondo o problema e manifestar o descontentamento nos canais de atendimento da mesma por meio de eventuais denúncias e reclamações. É recomendável, também, ler atentamente qualquer contrato antes de assiná-lo. No caso de compras on-line, o consumidor deve imprimir as telas da negociação e sempre verificar os prazos de entrega.
A superintendente explicou que, após o consumidor realizar a reclamação, é enviada uma notificação para a empresa, que terá o prazo de 15 dias para responder. No caso de a empresa não retornar, é gerada uma multa. Se a empresa responder, é iniciado o trâmite para o auxílio do cliente lesado: “Ela vai responder, nós vamos analisar, vamos para parecer jurídico e verificamos se a pessoa foi atendida ou não pela empresa. Nós temos também convênio com o Juizado Especial Cível (JEC). Então, se a reclamação não for atendida, o consumidor já pode sair daqui direto para o JEC, com a nossa resolução, que tem validade no Juizado, pulando, assim, uma etapa”.