Médicos mortos por engano no Rio: polícia prende miliciano que era alvo de traficantes
Publicado por departamento de Jornalismo Cruzeiro FM 92,3 em 31/10/2023
O miliciano Taillon, que seria o alvo dos assassinos de três médicos no Rio de Janeiro, foi preso pela Polícia Federal (PF), na Barra da Tijuca, na zona oeste da capital fluminense, nesta terça-feira (31).
Taillon de Alcântara Pereira é filho de Dalmir Pereira Barbosa, que também foi preso em casa. Os dois são suspeitos de comandar a milícia na comunidade Rio das Pedras, na mesma região.
A ação que capturou Taillon ocorreu na saída de um prédio comercial na avenida Abelardo Bueno, na Barra da Tijuca, e deteve em flagrante três homens armados que seriam seguranças do miliciano. Eles são dois policiais militares da ativa e um militar aposentado do Exército, segundo a PF.
No começo de outubro, três médicos ortopedistas morreram e um ficou ferido após serem baleados na avenida da praia da Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro.
Os quatro foram socorridos por bombeiros. Marcos de Andrade Corsato, Perseu Ribeiro Almeida e Diego Ralf de Souza Bomfim, que era irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP), morreram no local.
De acordo com as investigações, Perseu Almeida teria sido confundido com Taillon Barbosa, o que teria feito com que o grupo fosse alvo da ação criminosa.
Taillon é filho de um dos chefes da milícia que atua na zona norte do Rio. Ele foi preso pela Polícia Federal na Barra da Tijuca, perto do centro metropolitano e da zona portuária.
Ele havia sido solto e cumpria prisão domiciliar, mas, por causa do risco de execução, vinha sendo escoltado e monitorado por policiais militares envolvidos com a milícia.
Nas redes sociais, circulam vídeo do momento em que ele foi preso pelos agentes federais.
Relembre o caso
Os quatro médicos estavam no Rio de Janeiro para participar do 6º Congresso Internacional de Cirurgia Minimamente Invasiva do Pé e Tornozelo, evento internacional com apoio da Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé, entidade que os médicos faziam parte.
Na madrugada de quinta-feira (5), o grupo estava em um quiosque na Barra da Tijuca quando foi alvejado pelos criminosos.
Um dia depois do crime, a Polícia Civil do Rio de Janeiro encontrou os corpos de quatro suspeitos de terem realizado os ataques.
Os corpos dos supostos autores do ataque a tiros tinham ferimentos de disparos de arma de fogo e facadas. Eles estavam em dois carros encontrados em pontos diferentes da zona oeste. Um dos mortos estava no porta-malas de um veículo na Praça da Gardênia, na Gardênia Azul; os outros três estavam em outro veículo, em uma rua perto do Riocentro.
Segundo a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), o corpo encontrado na Gardênia Azul seria de um traficante chamado Lesk, que teria migrado da milícia para o Comando Vermelho após a entrada do tráfico no bairro. Os investigadores acreditam que ele teria sido o autor da ordem do ataque contra os médicos.
As informações são da CNN Brasil