Alexandre Ramagem é alvo de operação da PF que mira suspeitos de usar software espião

Publicado por departamento de Jornalismo Cruzeiro FM 92,3 em 25/01/2024

A Polícia Federal cumpre, nesta quinta-feira (25), 21 mandados de busca e apreensão, além de medidas cautelares diversas da prisão. Um dos alvos é o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo Jair Bolsonaro (PL).

Há buscas sendo conduzidas no gabinete do parlamentar e no apartamento funcional da Câmara atualmente ocupado por ele.

A Operação Vigilância Aproximada investiga organização criminosa que teria se instalado na Abin com o intuito de monitorar ilegalmente autoridades públicas e outras pessoas.

Segundo as investigações, o grupo usava ferramentas de geolocalização de dispositivos móveis sem a devida autorização judicial.

Entre as medidas cautelares diversas da prisão estão a suspensão imediata do exercício das funções públicas de sete policiais federais. As diligências de busca e apreensão ocorrem em Brasília/DF (18), Juiz de Fora/MG (1), São João Del Rei/MG (1) e Rio de Janeiro/RJ (1).

A operação é uma continuação das investigações da Operação Última Milha, deflagrada em outubro do ano passado.

“As provas obtidas a partir das diligências executadas pela Polícia Federal à época indicam que o grupo criminoso criou uma estrutura paralela na Abin e utilizou ferramentas e serviços daquela agência de inteligência do Estado para ações ilícitas, produzindo informações para uso político e midiático, para a obtenção de proveitos pessoais e até mesmo para interferir em investigações” , diz a PF em nota.

Os investigados podem responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de invasão de dispositivo informático alheio, organização criminosa e interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei.

Alvo da operação, Ramagem também é pré-candidato à prefeitura do Rio de Janeiro, com apoio de Bolsonaro. A defesa do deputado disse que, por ora, não vai se manifestar.

Fonte: CNN


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