Sorocaba não tem chuva significativa há 32 dias

Publicado por departamento de Jornalismo Cruzeiro FM 92,3 em 16/07/2018

A estiagem enfrentada por Sorocaba completou 32 dias nesta segunda-feira (16). O período seco na cidade é reflexo de um semestre com chuvas abaixo da média, apontam dados da Defesa Civil de Sorocaba (DCS), órgão ligado à Secretaria de Segurança (Sesdec).
Em junho, foram registrados 36 mm de chuva, volume bem abaixo do esperado e muito aquém dos 168 mm registrados no mesmo mês do ano passado, onde foram registrados 204 mm de chuva. O período seco se dá aos bloqueios atmosféricos que impedem que sistemas meteorológicos avancem para o Estado.
A frente fria que visitou a cidade na última semana não trouxe consigo as chuvas esperadas pela população. De acordo com a Defesa Civil, apesar das baixas temperaturas, principalmente nas madrugadas, não ocorreu nenhum registro de chuvas isoladas pelo município.
Dados da Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil do Estado de São Paulo, o índice de chuva neste mês está abaixo da média (22,0 mm), quando deveria ser de 55,7 mm. Para agosto, a previsão é de 62,3 mm, enquanto para setembro 83,8 mm.
Ainda de acordo com a Coordenadoria Estadual, melhoras no tempo estão previstas somente para o último trimestre do ano. Em outubro, as chuvas começam a aumentar consideravelmente com a previsão de 163,3 mm, novembro deve ter em torno de 199,0 mm e dezembro com 237,3 mm.
Vale ressaltar que apesar da volta das chuvas para os meses de agosto e setembro, o volume continua não sendo muito grande, por conta da média climatológica continuar muito baixa.
Trabalho para a manutenção do fornecimento de água à população
Com mais de um mês de estiagem, os níveis de água reservada nos mananciais estão diminuindo. O Saae-Sorocaba continua garantindo a distribuição de água à vontade, mas os sorocabanos devem economizar para evitar um futuro risco de racionamento, caso o calor e a estiagem permaneçam.
A situação é mais grave nas represas que abastecem a região do Éden e Cajuru. Devido a redução no nível na represa do Ferraz, de 40% de sua capacidade na semana passada, para menos de 20% no dia de hoje. O Saae-Sorocaba está liberando um volume de água da represa Castelinho para a represa do Ferraz.
Com isso, o nível da represa Castelinho que estava em 70% na semana passada tende a reduzir para 60%, assim que a transferência for concluída. Essa manobra é previsível, já que a função da represa Castelinho é abastecer a represa do Ferraz.
No período noturno, o Saae-Sorocaba continua distribuindo a água produzida na Estação de Tratamento de Água (ETA) do Cerrado para os reservatórios que abastecem os bairros do Éden e Cajuru. Essa manobra é feita com água tratada, por meio da rede de distribuição, e não de água bruta da represa do Clemente, para qualquer outra.
Apesar da redução gradativa, percentualmente os níveis nas represas que abastecem a ETA Cerrado estão estáveis, com 90% na represa Ipaneminha e a represa do Clemente praticamente cheia, já que existe o compromisso da empresa Votorantim Energia em liberar a água da represa de Itupararanga, para sempre manter estável o volume na represa do Clemente.
Período seco requer mais cuidados com a saúde
O médico e coordenador técnico da Secretaria de Saúde (Ses) da Prefeitura de Sorocaba, Lúcio Roberto de Oliveira das Neves, diz que o tempo seco pode irritar as vias respiratórias e até aumentar a sensibilidade dos olhos.
Ele informa que a hidratação em períodos como este é uma das principais recomendações para os munícipes, pois pode ajudar no alívio de irritações na garganta, por exemplo.
Além disso, o uso de vaporizadores para manter o ambiente úmido também auxilia, principalmente, nas noites de sono. Porém, a atenção para que o ambiente não fique úmido demais é de extrema importância para evitar o crescimento de fungos. Na falta de vaporizadores, bacias de água e toalhas úmidas no quarto também são opções, porém, é necessária a atenção para não atrair mosquitos.
Com informações da Secom Sorocaba


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