Rapaz que deu cigarro a macaco não comparece para prestar depoimento

Publicado por departamento de Jornalismo Cruzeiro FM 92,3 em 23/08/2019

O rapaz de 21 anos que deu um cigarro para um macaco não compareceu para prestar depoimento. Ele foi chamado para depor sobre o ocorrido nesta quinta-feira (22), no 2º Distrito Policial de Sorocaba.
O caso se tornou público após um vídeo gravado pelo próprio jovem começar a circular pelas redes sociais. As imagens mostram ele dando um cigarro para um chimpanzé do Santuário de Grandes Primatas.
Segundo a Polícia Civil, o homem não compareceu à unidade policial às 14h, como era previsto. Por isso, policiais civis foram até a casa dele, na região do Mineirão, mas não o encontraram. Os agentes foram informados por familiares que o homem foi procurar um advogado para sua defesa no caso.
O advogado Eduardo Roberto Abdala Santos esteve no 2º DP para representar a OAB de Sorocaba, que acompanha o caso. Eduardo, que também é presidente da comissão do meio ambiente e membro da comissão de proteção animal, informou que o órgão soube do caso através das redes sociais.
De acordo com o advogado, o rapaz pode responder criminalmente por maus-tratos, com pena de três meses a um ano em regime aberto. Ele também pode responder por invasão de propriedade, com um a seis meses de reclusão. Ele esclarece que, caso seja indiciado, a pena pode ser revertida em multa.
O membro da comissão de proteção animal informou ainda que irão acompanhar a apuração do caso para descobrir como o rapaz entrou no santuário e o que o levou a dar o cigarro para o primata.
Chimpanzé passa bem
O chimpanzé que aparece fumando um cigarro em um vídeo nas redes sociais foi identificado e passa bem. A informação foi divulgada pelo santuário na noite desta quarta-feira (22). Segundo a instituição, o animal, chamado Cláudio, foi avaliado pela equipe de veterinários do local e não foi encontrado qualquer ferimento.
O santuário informou ainda que restos de fumo foram encontrados perto de uma janela, “o que também demonstra a maior probabilidade do ato ter sido cometido nos últimos dias”. Conforme a instituição, uma cerca que delimita a área do santuário com uma propriedade vizinha foi forçada. A instituição acredita que foi por esse caminho que os criminosos fizeram a invasão.
De acordo com o santuário, o chimpanzé Cláudio tem dez anos e chegou ao local ainda bebê. Ele é “bastante ativo, inteligente e alegre” e se dá bem com os outros hóspedes.
Inquérito no MP
O promotor de Justiça do Meio Ambiente de Sorocaba, Jorge Alberto de Oliveira Marum, abriu um inquérito civil para investigar o caso. No documento, Marum solicita informações sobre os fatos aos representantes do santuário. O local é filiado ao The Great Ape Project (GAP).
O promotor também solicita contato com a Polícia Civil para saber se foi instaurada investigação na esfera criminal. Segundo Marum, os autores podem ser responsabilizados civil e criminalmente por maus-tratos ao animal.
O santuário também informou que está tomando medidas legais na esfera criminal e civil para punição dos responsáveis, bem como para a reparação do dano causado à integridade dos animais residentes.
Com informações do Jornal Cruzeiro do Sul
Edição – Alessandra Santos


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