OMS interrompe ensaio clínico com hidroxicloroquina para tratar a COVID-19
Publicado por departamento de Jornalismo Cruzeiro FM 92,3 em 25/05/2020
A Organização Mundial da Saúde (OMS) suspendeu os testes com a hidroxicloroquina, medicamento para malária, em pacientes com COVID-19 em razão de questões de segurança.
O anúncio foi feito pelo diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus durante a coletiva de imprensa realiza nesta segunda-feira (25).
O diretor-geral mencionou uma pesquisa publicada pela revista médica The Lancet na última sexta-feira (22), que relatou um aumento na taxa de mortalidade entre os pacientes que utilizaram o medicamento.
O estudo também afirmou que os infectados tratados com hidroxicloroquina possuem maior probabilidade de desenvolver arritmias cardíacas.
Anteriormente, a OMS já havia recomendando contra o uso da hidroxicloroquina no tratamento ou prevenção de infecções pelo coronavírus, exceto como parte de ensaios clínicos.
Mike Ryan, chefe do programa de emergências da OMS, disse que a decisão de suspender os testes com hidroxicloroquina tinha sido tomada por “muita cautela”.
A hidroxicoloroquina tem sido apontada pelo presidente Jair Bolsonaro, pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e por outros como um possível tratamento para a doença causada pelo novo coronavírus. O presidente norte-americano afirmou que estava tomando o medicamento para ajudar a prevenir a infecção.
Na semana passada, o Ministério da Saúde incluiu a cloroquina, e seu derivado hidroxicloroquina, no protocolo de tratamento para pacientes com sintomas leves de COVID-19 no Brasil.
De acordo com o novo protocolo, cabe ao médico a decisão sobre prescrever ou não a substância, sendo necessária também a vontade declarada do paciente, com a assinatura do Termo de Ciência e Consentimento.
As informações são da Agência Brasil.
Edição – André Fazano